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Medicina

Observatório de Bioética


Os alunos do 1º ano de Medicina da Unicesumar, turmas A e B, estão produzindo o Observatório de Bioética: uma atividade desenvolvida na disciplina de Ética e Filosofia, cujo objetivo precípuo é o de acompanhar e atualizar, de forma sistemática, o conhecimento produzido mundialmente sobre temas que exigem  uma profunda reflexão, de cunho ético, por parte da sociedade.

Operacionalização: As turmas foram divididas em pequenos grupos, que escolheram assuntos considerados relevantes e afins à disciplina. Os grupos utilizarão os recursos das Tecnologias da Informação e da Comunicação e montarão, dentro do tema definido, um acervo de leituras hipertextuais, oferecendo ao leitor a possibilidade de contextualizar os assuntos, por intermédio de matérias, links para páginas especialistas, vídeos, imagens e outras ferramentas existentes no ciberespaço.

Clique no(s) link(s) abaixo, para acesso às páginas do Observatório:

Turma B                                             




Introdução à bioética
por Fermin Roland Schramm e Marlene Braz

  A Bioética é uma ética aplicada, chamada também de “ética prática”, que visa a “dar conta” dos conflitos e controvérsias morais implicados pelas práticas no âmbito das Ciências da Vida e da Saúde do ponto de vista de algum sistema de valores (chamado também de “ética”). 

Como tal, ela se distingue da mera ética teórica, mais preocupada com a forma e a “cogência” (cogency) dos conceitos e dos argumentos éticos, pois, embora não possa abrir mão das questões propriamente formais (tradicionalmente estudadas pela metaética), está instada a resolver os conflitos éticos concretos. 

Tais conflitos surgem das interações humanas em sociedades a princípio seculares, isto é, que devem encontrar as soluções a seus conflitos de interesses e de valores sem poder recorrer, consensualmente, a princípios de autoridade transcendentes (ou externos à dinâmica do próprio imaginário social), mas tão somente “imanentes” pela negociação entre agentes morais que devem, por princípio, ser considerados cognitiva e eticamente competentes. 


Por isso, pode-se dizer que a bioética tem uma tríplice função, reconhecida acadêmica e socialmente: (1) descritiva, consistente em descrever e analisar os conflitos em pauta; (2) normativa com relação a tais conflitos, no duplo sentido de proscrever os comportamentos que podem ser considerados reprováveis e de prescrever aqueles considerados corretos; e (3) protetora, no sentido, bastante intuitivo, de amparar, na medida do possível, todos os envolvidos em alguma disputa de interesses e valores, priorizando, quando isso for necessário, os mais “fracos” (Schramm, F.R. 2002. Bioética para quê? Revista Camiliana da Saúde, ano 1, vol. 1, n. 2 –jul/dez de 2002 – ISSN 1677-9029, pp. 14-21). 

Mas a Bioética, como forma talvez especial da ética, é, antes, um ramo da Filosofia, podendo ser definida de diversos modos, de acordo com as tradições, os autores, os contextos e, talvez, os próprios objetos em exame.

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